Yomi
voltou para o seu quarto, que estava exatamente da forma que deixou
há 4 anos. Um pouco empoeirado, é verdade. A Yomi, restava limpar aquele espaço para que ele se tornasse
habitável novamente, o que ele começou a fazer.
A
noite chegava rapidamente. A cidade estava calma, com poucos youkais
nas ruas, e um certo vento gelado descia das montanhas. Yomi fechou a
janela. A poucos metros dali, Kuronue e Youko conversavam;
-Agora
que ele está de volta, coisas tenderão a mudar, não é mesmo?-
Kuronue pergunta.
-Sim,
eu sei disso. E também que ele vai tentar de qualquer maneira guiar
as coisas do seu velho modo.
-Não
podemos saber, Youko. Yomi certamente mudou muito com o passar do
tempo nos treinamentos nas montanhas. Ele aparenta estar muito mais
maduro.
-É
tudo ilusão. Yomi continua o mesmo, essas mudanças sutis não fazem
muito efeito nele.
-Ah,
tudo bem, eu pensava que poderíamos levar isso de modo diferente.
-Infelizmente
não, Kuronue. Mas eu tenho um plano B, e até mesmo uma saída mais
radical que eu não gostaria de usar.
-O
que seriam esses planos?
-Não
posso contar para você agora. E nem quero sequer pensar nisso, pois
é algo que poderá me deixar marcado pelo resto da minha existência…
-Tudo
bem, eu te compreendo.
-Amanhã
nós vamos pôr o nosso plano para funcionar… Eu não ligo para que
Yomi vai pensar, eu quero encerrar essa briga.
-Certo
Youko.
-Bem,
meu amigo, vamos tomar um chá antes de dormir? Não há mais muito o
que fazer hoje, não é mesmo?
-Sim,
Youko! Faça aquele chá-verde que só você conhece.
-Tudo
bem.
Youko
e Kuronue vão até a cozinha. Kuronue separa o kit de chá enquanto
Youko separa as folhas para fazer a infusão assim que a água
atingir a temperatura certa;
-Youko,
eu sei que não vai me contar, mas qual é esse plano radical e
porque isso vai te marcar tanto assim? Eu tenho algum envolvimento
nisso?
-Não,
Kuronue- Youko suspira-… por vezes os meus instintos mais selvagens
me mandam fazer alguma crueldade com Yomi, como se isso fosse a única
forma de corrigi-lo…
-Certo…
mas talvez você não esteja tão errado assim…
-Ah
eu não sei, Kuronue...- Youko serve o chá numa xícara de porcelana
para Kuronue.
-tudo
bem, Youko, desculpe tocar nesse ponto.
-Está
tudo certo comigo… é muito ruim ter que fazer o que não se quer,
mas eu não posso mais retroceder. O coração não pode se sobrepor
à razão.
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