Capítulo 16- As dúvidas de Youko

Yomi voltou para o seu quarto, que estava exatamente da forma que deixou há 4 anos. Um pouco empoeirado, é verdade. A Yomi, restava limpar aquele espaço para que ele se tornasse habitável novamente, o que ele começou a fazer.
A noite chegava rapidamente. A cidade estava calma, com poucos youkais nas ruas, e um certo vento gelado descia das montanhas. Yomi fechou a janela. A poucos metros dali, Kuronue e Youko conversavam;

-Agora que ele está de volta, coisas tenderão a mudar, não é mesmo?- Kuronue pergunta.
-Sim, eu sei disso. E também que ele vai tentar de qualquer maneira guiar as coisas do seu velho modo.
-Não podemos saber, Youko. Yomi certamente mudou muito com o passar do tempo nos treinamentos nas montanhas. Ele aparenta estar muito mais maduro.
-É tudo ilusão. Yomi continua o mesmo, essas mudanças sutis não fazem muito efeito nele.
-Ah, tudo bem, eu pensava que poderíamos levar isso de modo diferente.
-Infelizmente não, Kuronue. Mas eu tenho um plano B, e até mesmo uma saída mais radical que eu não gostaria de usar.
-O que seriam esses planos?
-Não posso contar para você agora. E nem quero sequer pensar nisso, pois é algo que poderá me deixar marcado pelo resto da minha existência…
-Tudo bem, eu te compreendo.
-Amanhã nós vamos pôr o nosso plano para funcionar… Eu não ligo para que Yomi vai pensar, eu quero encerrar essa briga.
-Certo Youko.
-Bem, meu amigo, vamos tomar um chá antes de dormir? Não há mais muito o que fazer hoje, não é mesmo?
-Sim, Youko! Faça aquele chá-verde que só você conhece.
-Tudo bem.

Youko e Kuronue vão até a cozinha. Kuronue separa o kit de chá enquanto Youko separa as folhas para fazer a infusão assim que a água atingir a temperatura certa;

-Youko, eu sei que não vai me contar, mas qual é esse plano radical e porque isso vai te marcar tanto assim? Eu tenho algum envolvimento nisso?
-Não, Kuronue- Youko suspira-… por vezes os meus instintos mais selvagens me mandam fazer alguma crueldade com Yomi, como se isso fosse a única forma de corrigi-lo…
-Certo… mas talvez você não esteja tão errado assim…
-Ah eu não sei, Kuronue...- Youko serve o chá numa xícara de porcelana para Kuronue.
-tudo bem, Youko, desculpe tocar nesse ponto.
-Está tudo certo comigo… é muito ruim ter que fazer o que não se quer, mas eu não posso mais retroceder. O coração não pode se sobrepor à razão.

As ambições de Youko são boas. A ele interessa apenas manter a sua cidade em ordem, e também em evolução, para que um dia haja poderio suficiente para concorrer com os dois reis. O que em tese será muito mais fácil se Yomi aceitar cooperar, mas isso mostra-se como um tremendo desafio.


Nenhum comentário:

Postar um comentário